sexta-feira, 22 de abril de 2011

This is it

Olááá, amores!

Resolvi postar mais um daqueles textos que tocam o coração e que não sei como tenho inspiração para escrever. Espero que gostem!!!

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This is it.

Era uma vez...esta frase tão clássica que já deu início a tantos contos de fada foi a melhor forma que encontrei de começar uma história que não podia ter outro título, porque simplesmente This is it:

Era uma vez uma princesa que, como outras tantas nos contos de fada, foi vítima de uma terrível maldição que a aprisiomou na mais torre de seu reino. Guardando os enormes portões da torre estava um dragão feroz acorrentado às rígidas paredes do lugar amaldiçoado, assim, a princesa nunca nem ousara tentar sair de lá.
Porque toda esta tragédia? Ora, porque isso é um conto de fadas e, se não houver  uma terrível maldição, uma criatura feia, terrível e feroz e uma princesinha em perigo, não é conto de fadas.
Um belo dia, a princesa viu do alto de sua torre que a cidade estava em festa. Todos cantavam, dançavam e comemoravam algo que ela nunca teria a chance de saber o que era. Ou será que teria?
Já chega! Ela não aguentava mais viver presa daquele jeito, não aguentava mais chorar e nunca ser consolada, falar e não ser ouvida.
Naquele dia a bela princesinha dançou por todo seu quarto, com toda a alegria que gostaria de ter sentido durante toda a sua vida. Dançou enquanto todos passavam ignorando-a completamente. Mas não porque tivessem algo que lhes desse motivo para não gostar dela, porque não a conheciam. Dançou viu no espelho um semblante que nunca reconhecera em seu rosto: as bochechas coradas, os dentes à mostra por causa dos lábios ligeiramente esticados, apontando em direção às orelhas, os olhos brilhantes. Era a até então desconhecida Felicidade.
Em pouco tempo, no entanto, suas pernas não lhe suportavam mais, seus braços chegavam à completa fadiga, seus pés quase não a obedeciam de tanto cansaço. Mas a princesa não parou de dançar. Não podia parar de dançar depois de conhecer toda aquela felicidade. Não podia voltar a viver daquele jeito. Dançar era sua única forma de liberdade. Mas o corpo humano tem limites e em certo momento cedeu ao cansaço. A menina caiu ao chão, completamente sem forças. Ainda assim, ela não queria, não podia parar. Não parou.
Sua alma se desprendeu do corpo agora inútil e foi subindo aos céus, alegre, encantada com o mundo que via, dançando levemente entre as nuvens. Livre.
O dragão via tudo o que acontecia, mas nada podia fazer para pará-la. Preso às correntes de aço nas paredes da torre, apenas urrava com a dor que sentia. A dor da escuridão de sua vida. A dor do vazio que via dentro de si.
Assim, a dança tirou aquela pobre menina da prisão em que se encontrava. A libertou. A salvou. Simplesmente porque a dança é o que é. This is it.

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Beijinhos!!!




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